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Foto do escritorDaniela Agostini

Chegamos à Terceira onda de Inovação em Fintechs?

Nova pesquisa mostra que 79% dos brasileiros gostariam de deixar de usar dinheiro físico no futuro. E 71% querem mais educação financeira para usar pagamentos digitais. Por InovaBra


Os interesses do consumidor brasileiro sinalizam para um futuro sem dinheiro físico, com a praticidade dos serviços financeiros embarcados (embedded finance) e diversidade de opções onde colocar o dinheiro. Os sinais vêm da pesquisa “Terceira Onda de Inovação Fintech”, realizada pela Logica Research, a pedido do PayPal, envolvendo 4.000 pessoas em quatro mercados - EUA, China, Brasil e Alemanha.


Os pesquisadores consideram que o estudo sinaliza uma “terceira onda” das fintechs, mudando o balanço entre serviços financeiros “bundled” (agrupados) e serviços financeiros “unbundled”, desagrupados por mais de um player. Para entendimento, a primeira onda teria ocorrido no início dos anos 2000, com o nascimento da internet comercial e das primeiras fintechs, seguida da segunda onda, a partir de 2008, com mudanças regulatórias, o nascimento das tecnologias móveis e uma nova leva de fintechs.


A terceira onda, pós-Covid, traz novas tecnologias digitais (incluindo aí o Blockchain), um tsunami de fintechs, mudanças regulatórias na direção do Open Finance, e o impacto transformador das Finanças Descentralizadas (DeFi), que certamente contribuem para um cenário em que o consumidor tem mais poder de escolha e qualquer empresa pode oferecer serviços financeiros especializados e diferenciados sem precisar tornar-se um banco.


A grande maioria dos brasileiros (81%), segundo a pesquisa, declarou que utiliza serviços financeiros desagrupados, e o principal motivo para 41% deles é a busca por melhores ofertas. Em todos os países, o interesse por mudar de status é pequeno (10%) na base dos que trabalham com produtos agregados, mas é de 31% para mudar (caso do Brasil) entre os que utilizam serviços desagregados. Essa dualidade sinaliza, segundo a pesquisa, a importância da proposta de valor de cada provedor e sua habilidade em satisfazer os clientes com experiências diferenciadas.

Fim do dinheiro físico?

Praticamente a maioria dos brasileiros (93%) respondeu que usaria uma moeda digital emitida pelo Banco Central (CBDC, Central Bank Digital Currency). O interesse brasileiro pela CBDC só perde para os chineses (99%) e é praticamente 20 pontos percentuais superior aos norte-americanos e alemães. Embora uma parcela tenha respondido que ainda usa o dinheiro físico para suas atividades diárias (38%), 57% dos brasileiros disseram que passaram a usar menos papel-moeda desde a pandemia, 51% disseram que pretendem usar ainda menos em 2021 e 79% disseram que gostariam de deixar de usar dinheiro em espécie no futuro.


Os principais motivos para o uso de dinheiro em espécie são anonimato, facilidade de aceitação, isenção de taxas e melhor controle das finanças. É importante lembrar que o Brasil ainda tem uma grande parcela de desbancarizados que, nesse caso, acabam recebendo e utilizando dinheiro físico no dia a dia. Os percentuais de interesse pelos pagamentos digitais e pelos serviços financeiros embarcados mostram, no entanto, os efeitos inclusivos da “fintechização” da economia e do Open Finance e sinalizam que as mudanças experimentadas na pandemia tendem a se cristalizar no futuro.


Os argumentos para o digital incluem conveniência, flexibilidade e segurança. São diferentes dos argumentos para o dinheiro físico, mas o fato de que praticamente 80% dos brasileiros ficam entusiasmados pela ideia de um futuro cashless e 93% se interessam pela moeda digital, complementam a conclusão de que o radar da maioria está buscando o digital como forma de interação nas finanças em geral. Uma janela de oportunidade? Educação financeira. 71% dos brasileiros sinalizaram que precisam de mais informação para usar melhor os pagamentos digitais e 36% dos entrevistados disseram ainda não se sentir confortáveis o suficiente com o smartphone para transações financeiros. Primeiro, para ser efetivo na negociação, você precisa saber qual é sua meta e objetivo, sem isso você pode acabar negociando alguma solução pro curto-prazo que pode ser muito ruim no longo prazo.






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