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Foto do escritorDaniela Agostini

A Indústria e o Varejo estão mais animados!

Atualizado: 5 de abr. de 2022

As vendas de Março foram bastante encorajadoras para o mercado em geral, com tendência positiva vs aa e vs plano. A Indústria e o Varejo estão mais animados! A entrada de mais dinheiro no mercado (vide “mitigadores”) e a curva decrescente da pandemia finalmente começaram a impactar positivamente. Com os estoques acomodados, o Varejo voltou a comprar de forma mais contundente - mesmo com os seguidos aumentos de preços. Além do Cash & Carry, que cresce 2 dígitos (com maior tráfego e maior # de cupons por loja), vale destacar um movimento crescente no Pequeno Varejo e no Varejo Transformador/ Food Service – resultado da maior presença das pessoas nas ruas. A Guerra na Ucrânia teve impactos relevantes nos custos de petróleo e commodities, porém menores do que o esperado. Também vimos o real chegar ao patamar de R$4,61, com uma valorização de quase 20% no 1º. trimestre, o que certamente será positivo para a inflação no médio/longo prazo. Olhando para frente: 1. O Sell-out do período de Páscoa será um importante termômetro do mercado. 2. A “pergunta do milhão”: “Como ficará o poder de compra dos consumidores quando os atuais aumentos de preços estiverem 100% repassados na ponta?”. Para observar de perto...


Fatos

1. Sell-out no Varejo com tendência positiva

a. Alimentar mantém-se num ritmo melhor que Bens Duráveis

b. Destaque para Cash & Carry (crescendo 2 dígitos) e para o Pequeno Varejo


2. Sell-in cresceu para a grande maioria das indústrias

a. Aparentemente os altos níveis de estoque no Trade já se acomodaram

b. Novas tabelas de preços trazem de volta a dinâmica de compras mais especulativas e de final de mês

c. Expectativas positivas para o Sell-out de Abril → um mês com 5 fins de semana, somado ao movimento de Páscoa


3. Varejo continua preocupado com os preços na ponta

a. “Trade down” em categorias com maiores aumentos de preços

b. Avanço no movimento de revisão de mix (menos skus, substituição de marcas, mais produtos de 1º. preço)


4. A Guerra na Ucrânia teve impacto limitado, porém relevante (- ) Aumento no custo de reposição de commodities importantes (ex: trigo +20%) (- ) Preço do barril no range de US$ 105-120 (+35% vs dez´21) (+) Real valorizou frente ao dólar → +17% no 1º. trimestre


5. Os mercados de Food Service e Transformador tem declarado crescimento, com aceleração da volta do consumo fora de casa no decorrer do mês de Março.


Pontos de atenção


1. Aumento dos preços do aço em Abril (+20%), com reflexos em bens duráveis no curto prazo e na indústria em geral no médio/ longo prazo.


2. Impacto na capacidade de compra dos consumidores, pelos constantes aumentos de preços repassados na ponta.


Potenciais mitigadores


1. Aumento de fluxo no Varejo, em função da Semana Santa e da Páscoa


2. Novos Auxílio Brasil, salário mínimo e piso salarial dos professores


3. Arrefecimento da pandemia e potencial fim da guerra na Ucrânia ainda no 2º. tri


4. Manutenção da valorização do real por pelo menos mais 6 meses (até eleições)


Bônus – “Diagnóstico de Consumo & Compra – por Grupo Toolbox” (www.toolboxtm.com.br)


• As classes CDE seguem como as mais afetadas pela redução do poder de compra, atrelado à inflação e ao aumento de preços na ponta. Por representarem a maior parte dos consumidores das marcas “mainstream” e “economy” do mercado, é esperado um impacto no volume de compra por cesta e potenciais trocas de marca. Segmentos com menor percepção de diferenciação entre players são os mais afetados (como mercearia básica, bazar e cuidados com a roupa).


• Por outro lado, é importante lembrar que as classes AB sentem bem menos o impacto da redução do poder de compra e estão saindo de um período de dois anos de redução do gasto com lazer, viagens, moda e consumo fora do lar. O segmento de produtos premium e de luxo tende a manter o patamar, e consumo fora do lar e entretenimento a recuperar o fluxo.


• O processo de “downsizing” de embalagens é percebido pelos consumidores, porém é no PDV que a conta é feita e essas alternativas ajudam a blindar marcas que precisam subir preço. Embalagens econômicas que ajudam a reduzir o gasto unitário com a marca são procuradas nas compras de abastecimento.


• Em cenários como esse (vividos algumas vezes nas décadas passadas) são comuns os casos de trocas de marcas para players de menor preço médio, afetando o market share de grandes marcas e reduzindo o valor de categorias. Por isso, esse é um momento chave para se avaliar a percepção de valor das marcas.


Nota: essa foto foi construída a partir de conversas informais com líderes de 40 indústrias e varejos, de tamanhos, categorias e formatos distintos, funcionando apenas como um direcional. Não tem a pretensão de ter uma relevância estatística.

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